sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Carta para Clarinha

Filha,
Você ta aqui bem aconchegada na minha barriga. Crescendo a cada dia e me trazendo mais e mais felicidade. É delicioso acompanhar seu crescimento dentro de mim e saber que você cresce forte e saudável.
Agora estamos conectadas pelo corpo, pelo cordão umbilical, pelo sangue. Mas sei que já estavamos conectadas antes. Eu te espero há tempos, antes mesmo de engravidar e você já apareceu pra mim em vários sonhos.
Eu sempre quis ter uma filha. “Um dia, quando eu tiver uma filha...” Eu sempre me referi a você, assim mesmo, no feminino.
Ainda não sei bem como é ser mãe, o que é a maternidade, mas sei que já me transformei bastante desde a descoberta da gravidez. Você me trouxe paz e tranqüilidade, o desejo de ser uma boa mãe, e de me tornar uma pessoa melhor, de buscar sempre os melhores sentimentos que tenho dentro de mim, deixando os sentimentos ruins e negativos bem pequeninhos lá dentro escondidos num cantinho irrelevante. Vamos juntas, filha, sermos as melhores pessoas que pudermos ser. Vamos juntas aprender a viver esse novo mundo. Novo para você que ainda vai estranhar e ter que aprender tanto sobre as maluquices que acontecem por aqui, e novo pra mim, pois você representa um marco em minha vida, vai me fazer ver o mundo de uma nova forma. Afinal, vou ser mãe, e isso por si só já me traz uma imensidão de novidades e aprendizados.
Espero não te decepcionar como mãe, e nem preciso dizer que vou te amar muito, porque esse amor já está sendo construído.
(Seu pai acabou de chegar em casa e contei para ele que estava escrevendo uma carta pra você e ele disse “que linda que você é” e me pediu para botar isso aqui na carta. Ele é assim, filha, doce e amável, faz tudo para agradar e ta sempre valorizando as coisas boas que eu faço. E será assim com você também.)
Enfim, pode vir, minha filha, eu e seu pai estamos aqui te esperando, ansiosos para te dar muito amor, carinho, beijos, afagos e cafunés.


Escrita em 20 de fevereiro de 2015.

Te amo!


Te amo porque você me faz bem.
Te amo porque você é companheiro.
Te amo porque você sempre pensa em como me fazer feliz.
Te amo porque voce é uma pessoa boa.
 Te amo porque você peida ao meu lado e toda vez me olha com culpa como se fosse a primeira vez.
Te amo porque você é paciente.
Te amo porque você é bem humorado.
Te amo porque voce tem manias que me dão agonia e eu posso reclamar.
Amo seu silêncio. Amo suas tentativas de me explicar detalhadamente cada coisa.
 Te amo porque posso te odiar quando vc ganha de mim em qualquer jogo.
Te amo porque voce vai casar comigo. Aliás, vou casar com você porque te amo.
Te amo porque é você, assim do jeitinho que é. Sem tirar nem pôr. Te amo… porque somos nós. Assim do jeitinho que somos.


Escrito em abril de 2014

O fim do "pra sempre" ou o "pra sempre" sem fim?


É triste pensar que o “pra sempre” pode ser efemero
Qeuro viver a eternidade desse efemero
Nao quero que exista um fim. E o que é um fim? É um pontinho na linha do tempo? Um marco? Então a gente pula esse pontinho e vai viver o depois do fim.  Juntos. Sempre!

Escrito em setembro de 2013

Seu sorriso


Seu sorriso me encanta. Seu sorriso ficou marcado em minha memoria. Dentre tantos outros era sempre o seu que vinha nos meus pensamentos. Seu sorriso mostra sua leveza, seu encantamento, sua paixão. Seu sorriso me dava frios na barriga. E foi o seu sorriso que me fez sorrir e me permitir viver tudo que temos para viver.


Escrito em abril 2014 – idealizado em agosto de 2013.

Pessoas Boas


Todo mundo conhece uma pessoa boa daquelas que a gente fala “fulana tem um bom coração”. As pessoas boas fazem coisas boas para outras pessoas. Assim, de graça, sem nada em troca. As pessoas boas dedicam parte de seu tempo fazendo alguma coisa boa só para ganhar um sorriso. Esse texto eu queria dedicar para uma pessoa boa que eu conheço. Não sei se seremos grandes amigas ou se vai ser dessas pessoas que passam por nossas vidas e depois perdemos o contato. Mas, fato é, quando uma pessoa boa passa por nossa vida já é bom, nem que seja num dia qualquer, na rua, na fila do banco ou num supermercado cheio. Por que as pessoas boas fazem a gente pensar em coisas boas, fazem a gente se sentir bem, se sentir querida, amada. E fazem a gente querer ser uma pessoa boa também.
Mas então, essa pessoa boa me deu um presente de aniversário. Uma lembrancinha que me fez pensar em como eu estou longe de ser uma pessoa boa. Eu não consigo comprar presente nem pra minha mãe. Eu não consigo dedicar um pedacinho do meu tempo a outras pessoas porque estou sempre na correria de fazer mil coisas e sempre precisando descansar no tempo livre para poder fazer mais outras mil coisas. E me fechando cada vez mais na minha individualidade. Mas essa pessoa boa me fez pensar em tudo isso e escrever esse textinho dedicado a ela. Que as pessoas boas sejam eficazes em transformar outras pessoas em boas. Ou melhor, destacar o lado bom de cada um, e fazê-lo mais evidente do que qualquer afazer, obrigação, cansaço ou correria do dia a dia.
O presentinho que ganhei dessa pessoa boa foi justo num momento em que me sentia muito carente dentro da minha própria individualidade. E isso me fez sair um pouco dessa bolha e correr atrás dos pequenos gestos que trazem poesia e paz pra nossas vidas corridas, para a vida de quem amamos e para a vida de quem cruza com a gente num supermercado cheio.


Escrita em abril de 2014

quarta-feira, 15 de maio de 2013

Um ano sem você


Agora faz um ano. Chorei tantas vezes ao longo desse ano. Um choro solitário, uma dor que é só minha.
Passou um dia. Passou uma semana. Passou um mês. Eu contava dia a dia para aliviar meu sofrimento. Sabia que aquela dor nao duraria para sempre. Não durou. Ela mudou e sei que sempre vou sentir. Lembro com alegria dos nossos bons momentos, lembro da sua companhia. E como faz falta.
Difícil conter a dor e saudade de estar com você, minha pequena. Mas me sinto feliz de ter te amado tanto. Você me fez tão feliz nesses 7 anos. No fundo, a minha dor é alegre, é dor de quem amou.
E você continua comigo, Marie. Nos meus pensamentos, na minha saudade, nas minhas lembranças.
Aliás, obrigada por me visitar nos meus sonhos. Sei que estamos juntas, e estaremos sempre.

Escrito em fevereiro de 2012

Eramos duas


Éramos duas. Ela chegou quieta e mansa. E eu relutante e distante. Ela me escolheu, e eu não tive escolha. Viramos duas. Multiplicamos, subtraímos e dividimos. Eu e ela éramos a mais perfeita soma. Com todos os sentimentos que uma relação permite ter: alegrias, risadas, raiva, ciúmes, incômodo, decepção, saudade, carinho, ansiedade, e acima de tudo, companheirismo. Como era bom deitar na minha cama e ver que ela estava ali dormindo gostoso e se espreguiçando no mais poético gesto de doçura. Sabia conquistar. Soube me conquistar. Companheira de filmes, de sonecas, de brincadeiras, de estudos. Mas justo em cima do meu livro? E eu fazia um lugarzinho na bagunça para ela. Apertadinho, mas acolhedor. Bastava estar do lado. Só faltava querer entrar no box e tomar banho comigo, ficava no tapetinho. E gostava de beber água da minha caneca, não podia ser outra. Em cada cantinho e de todos os jeitinhos ela sabia amar.
Enchia meu cabelo de nó quando vinha na meiguice de fazer fofinho. Se emaranhava em mim, misturávamos em quase uma. Éramos duas. Não cabia ninguém. Te levo comigo, Marie. Agora, somos uma.


Escrito em fevereiro de 2011